30 abril 2010

O Ambiente e o Trabalhador Offshore Brasileiro

A importância da higiene pessoal e da conscientização sócio-ambiental para a convivência no confinamento das unidades de trabalho offshore.

Controle Ambiental e Higiene

O controle ambiental está relacionado com fatores climáticos, físicos e biológicos que estão condicionados a ações individuais e coletivas na comunidade embarcada.
A saúde do trabalhador embarcado dependerá de, basicamente, esforços pessoais para manter sua aptidão física e sua eficiência mental para executar de forma adequada e segura suas atividades de trabalhador. A aptidão física e mental faz parte do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) da empresa contratante.

O PCMSO e o Programa de Prevenção e Riscos Ambientais (PPRA) são componentes obrigatórios, por força de lei trabalhista, na Consolidação das Leis Trabalho (CLT). As empresas realizam o levantamento dos riscos ambientais (PPRA) aos quais o empregado é exposto no ambiente de trabalho, enquanto o PCMSO realiza o controle da ação e exposição a estes agentes, resultando em um terceiro documento chamado de Atestado Médico Ocupacional (ASO).

A organização das instalações físicas, de suprimentos fundamentais a manutenção que garanta uma eficiência otimizada, os esforços das equipes de apoio em terra dando o suporte logístico e os profissionais – médicos, engenheiros, enfermeiros, nutricionistas e outros - formarão a equipe de responsáveis técnicos preocupados na manutenção da saúde do trabalhador embarcado. Oferecer condições de trabalho pode ser explicado da seguinte forma, segundo o Internacional Medical Guide for Ships:

1. Ventilação – evitar-se-á o acúmulo de gases tóxicos e ou de atmosferas saturadas favorecendo a tripulação;
2. Iluminação
3. Controle sanitário de alimentos – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) preconiza padrões de qualidade no transporte, no estoque, na manipulação de alimentos, bem como de seus manipuladores (cozinheiros, ajudantes de cozinha e taifeiros), na conhecida “Boas Práticas de Manipulação de Alimentos”.
4. Limpeza e arrumação das acomodações
5. Controle da qualidade da água potável
6. Gerenciamento de resíduos – lixo orgânico, hospitalas, esgoto e etc.
7. Combate a vetores de doenças – por exemplo: moscas, ratos e baratas.


As unidades offshore recebem regularmente inspeções regulares das acomodações, no controle de higienizações, manipulação e condicionamento de alimentos, assim como, nos registro destas atividades no intuito de manter o controle das boas condições do ambiente e atmosfera de trabalho nas plataformas.

As plataformas são ambientes diversificados com pessoas de diferentes nacionalidades e, conseqüentemente, tornam-se ambientes multiculturais e respeitar essas diferenças culturais é o básico necessário para a boa convivência.

No âmbito pessoal o cuidado com a higiene são extremamente importantes e não é demais frisar que há mister de :

1. Banhos diários;
2. O bom asseio com a pele, cabelos, unhas, cavidade oral incluindo dentaduras;
3. Vestimentas apropriadas para ambientes de recreação pública como academias, refeitórios, sala de jogos e cinemas de bordo. Vale ressaltar que a roupa e ou vestimenta de trabalho compõem o Equipamento de Proteção Pessoal (EPI);
4. Sono

O trabalhador offshore, esteja ele numa plataforma, navio sonda, rebocador e outras embarcações neste ambiente, deve ter na mente que está num ambiente coletivo e restrito e não perder a noção do limite do próprio e impróprio na convivência social.


"O bom senso é o seu guia."


Fonte de consulta:

1.Manual de Boas Práticas - RDC 216/2004

2.International Medical Guide for Ships - Organização Mundial de Saúde, 3ª Edição.

3.Manual Básico de Primeiros Socorros para Trabalhador Offshore Brasileiro - Silva, Orlando C.; ano 2009.

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