30 julho 2009

A Bacia de Campos e o offshore brasileiro

A Bacia de Campos - é considerada a maior reserva petrolífera da plataforma continental brasileira - tem aproximadamente 100 mil km2 e apresenta-se situada na costa norte do Estado do Rio de Janeiro, estendendo-se até o sul do Estado do Espírito Santo, entre os paralelos 21 e 23 sul. Ao sul, o seu limite ocorre no alto de Cabo Frio e ao norte, com a Bacia do Espírito Santo no Alto de Vitória.


A exploração da Bacia de Campos deu inicio no ano de 1976, no Campo de Garoupa, situado em lâmina d`água de 100 metros, com produção comercial no ano seguinte com outro poço no Campo de Enchova. Por se tratarem de águas consideradas rasas, as primeiras plataformas construídas eram do tipo fixa, que consistem em jaquetas assentadas no fundo do oceano. No entanto levantamentos sísmicos de superfície, indicavam a existência de grandes estruturas favoráveis à ocorrência de petróleo em lâminas d`águas profundas.



Cerca de 65% da área de blocos exploratórios offshore da Petrobras estão em profundidades de água de mais de 400 metros e este índice de lâmina d`água tem aumentado nos últimos anos. Segundo os registro no site da estatal petrolífera brasileira essa exploração iniciada em Enchova (1977) com profundidade de 124 metros, tem hoje a marca representativa de 2886 metros de profundidade no Campo de Roncador (2003).

O site “ClickMacaé”, citando uma reportagem do jornal O Globo, refere-se à Bacia de Campos como um complexo de 40 mil trabalhadores. Estes trabalhadores – que autodefinem como trabalhadores offshore ou simplesmente petroleiros – têm no seu cotidiando uma realidade diversa e é comum ouvir nos comentários desses homens e mulheres o quão difícil é definir o seus ambientes de trabalho àqueles que não conhecem de perto o dia-a-dia das plataformas, navios sondas, rebocadores, FPSOs.



O complexo da Bacia de Campos tem a cidade de Macaé RJ como cidade base, servido de sede para as empresas nacionais e estrangeiras que atuam no offshore brasileiro. O aeroporto da cidade em média um fluxo de 6300 vôos mensais de helicópteros e com perspectivas de crescimento dessa demanda. Nos vôos de o que se vê é uma imensidão de oceano azul escuro que se funde à linha do horizonte e em torno de 40-50 minutos de vôo já é possível visualizar dezenas de unidades compondo o que muitos chamam de cidade de ferro flutuante em alto mar com uma população de aproximadamente 40 mil trabalhadores.



Os turnos de trabalho são normalmente de 14 dias embarcados com 14 dias de descanso para a maioria das empresas que atuam no meio offshore; já a estatal Petrobras tem a rotina de 14 dias e 21 dias de descanso para seus funcionários. Os estrangeiros - também chamados Expats - tem um período de 28 -28 dias de trabalho e descanso.



O espaço OFFSHORE BRASIL tem como objetivo somar ao diálogo já existente desses trabalhadores offshore, sua comunidade de trabalho assim como as pessoas que apresentem interesse no tema e na realidade offshore.



Abre-se espaço para discutir temas tão comuns no nosso dia-a-dia como: segurança, saúde, meio ambiente, confinamento entre outros temas.



Fontes:

1.Boletim de Geociências da Petrobras, nº1 volume 8, janeiro/março 1994.

2.Jonal Click Macaé: http:www.clickmacae.com.br/?sec+365&pag=noticia&cod=3042 citando OGLOBO ONLINE

3.Portal Petrobras:http://www2.petrobras.com.br/Petrobras/portugues/plataforma/pla_bacia_campos