O objetivo geral das Metas Internacionais de Segurança do Paciente (MISP) é capacitar profissionais dos serviços de saúde na aplicação dos padrões de qualidade no cuidado e segurança do paciente através de uma abordagem objetiva, interativa e prática visando o desenvolvimento de habilidade para a utilização no cotidiano das instituições.
Nos dias 13 a 15 de junho/11 o congresso internacional de acreditação em serviços de saúde abordou o tema MISP com palestrantes representando organizações como a Organização Mundial de Saúde, The Joint Commission, the International Society for Quality in Healthcare, Universidade de New South Wales Austrália e palestrantes locais.
Dados estatíscos internacionais demonstrados durante o congresso evidenciam a baixa qualidade é uma realidade. Segundo a IOM – USA, mais de 98 mil pessoas morrem a cada ano nos hospitais americanos em função de danos decorrentes da assistência à saúde e que em torno de 2 milhões de pacientes, a cada ano, adquirem infecções nos hospitais americanos de acordo o CDC – USA.
Qual o custo da má qualidade?
A NPSA UK estima que 2 bilhões de libras por ano com dias extras de internação (6 a 8 dias extras) e mais de 400 milhões libras/ano função de acordo judiciais por negligências clínicas.
O que é cuidado seguro ao paciente?
“É o cuidado prestado aos pacientes com a intenção de alcançar resultados favoráveis, sem provocar lesões evitáveis causadas pelo próprio processo de cuidado.” (OIM, 2001).
“É a redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado à saúde.” (WHO/World Alliance for Patient Safety. Final Technical for the conceptual framework for the international classification for patient safety)
As MISP foram desenvolvidas pelo centro colaborador da pela segurança do paciente da The Joint Commission International (WHO collaborating center for healthcare for safety solutions) e tem sido adaptadas das metas norte-americanas de segurança do paciente desenvolvidas pela The Joint Commission.
O propósito das MISP é promover melhorias específicas na segurança do paciente e destacam áreas problemáticas na assistência à saúde e apresentam soluções consensuais para esses problemas, baseadas em evidências científicas.
- Identificar os pacientes corretamente;
- Melhorar a comunicação efetiva;
- Melhorar a segurança de medicamentos de alta-vigilância;
- Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto.
- Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde;
- Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrentes de quedas.
As iniciativas para segurança do paciente de diversas organizações internacionais e nacionais tem desprendido um grande esforço em debater na busca de definição os tipos de intervenção e iniciativas necessárias para reduzir riscos e melhorar a segurança do paciente.
Infelizmente as ações em busca da qualidade e segurança dos serviços prestados ainda estão no ambito privado e pouco ou quase nada se vê de iniciativas das entidades públicas. Uma exceção é o Instituto NCA
Veja abaixo a lista de organizações empenhadas na busca da qualidade dos serviços de saúde: e, também, boas referências de pesquisa sobre o tema:
- Proqualis – centro colaborador para a qualidade do cuidado e a segurança do paciente ligado à Fundação Oswado Cruz (Fiocruz).
- Institute of Medicine – OIM – é uma instituição sem fins lucrativo, não-governamental que tem a missão aconselhar a nação nas melhorias em saúde.
- The Joint Commission – entidade certificadora em qualidade em serviços de saúde
- Nation Quality Forum – NQF - é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão a melhoria do sistema de saúde norte-americano.
- Agency for Healthcare Research and Quality – AHRQ – agência do governo norte-americano com o objetivo de melhorar a qualidade, segurança, eficiência e efetividade do cuidado à saúde do povo norte-americano.
- World Alliance for Patient Safety – seção da Organizaçao Mundial de Saúde voltada para a segurança do paciente.
- WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions – designado pela OMS como o primeiro centro mundial de colaboração pela segurança do paciente.
- Institute for Healthcare Improvement – IHI – trabalha com o objetivo para que todos recebem cuidados de saúde dignos e que líderes e governantes cumpram os compromissos.
- Australian Patient Safety Foundation – APSF – é uma organização australiana sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento da segurança do paciente.
- Australian Commission on Safety and Quality in Health Care – ACSQHC – criado para desenvolver estratégias de ambito nacional na Austrália no sentido de incrementar a segurança e a qualidade do sistema de saúde australiano.
- National Patient Safety Agency – NPSA – agência do reino unido que contribui para melhorias, cuidados e segurança do paciente através do suporte, pesquisa e influenciando positivamente o setor de saúde.
- Consórcio Brasileiro de Acreditação – CBA – entidade ligada a Joint Commission International em certificações e treinamento em serviços de saúde.
- Organização Nacional de Acreditação – ONA – é uma organização não governamental avaliadora e certificadora da qualidade dos serviços de saúde.
Percebe-se que o Brasil tem um longo caminho a percorrer, porém já apresenta bons exemplos como o Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo.
E os serviços de saúde nas unidades offshore brasileiras?
Como eu disse acima: há um longo caminho a percorrer nos quesitos qualidade e segurança do paciente, sem colocar em pauta certificações em Acreditação desses serviços de saúde.
abalo o siteeeeeee
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