23 fevereiro 2011

A Responsabilidade do Supervisor


A palavra Supervisor tem origem do idioma inglês [supervisor], assim como as palavras derivadas desta, tais como: supervisão e o verbo supervisionar e suas conjugações verbais.

No dicionário da língua portuguesa a palavra supervisor aparece como: [do inglês.supervisor].Subst. Masc.1.aquele que supervisiona ou supervisa.

O indivíduo que exerce o papel de supervisor de uma equipe deve entender que ele tem responsabilidades técnica-administrativas, cível e, algumas vezes, até mesmo criminal.O conhecimento técnico para exercer uma atividade e comandar uma equipe é fundamental, pois somente assim o individuo poderá atribuir funções com propriedade de causa, ou seja, ele saberá o que está falando, porém a habilidade de lidar com pessoas é a chave para uma boa liderança do supervisor.

Quanto digo que o supervisor também tem responsabilidades cíveis e criminais, estou dizendo que no caso de conivência e ou cumplicidade com atos ilícitos ou até mesmo no caso de lesão corporal e ou óbito, o supervisor pode responder pelos atos cometidos pela sua equipe.

O supervisor deve entender que o seu maior desafio não é cumprir prazos e ou manter os gastos dentro do orçamento, mas sim lidar com o ser humano. É este ser humano que compõe a sua equipe e pode significar o seu sucesso como também o seu fracasso.

Na descrição de algumas características básicas do supervisor está implicito as palavras-chaves: liderança, respeito, exemplo, modelo. O supervisor, então deve:
  1. conhecer seu subordinado para que haja reciprocidade entre ele e os membros da sua equipe, demonstratar respeito e ser respeitado.
  2. estabelecer diálogo com sua equipe, esclarecendo todas as expectativas de ambas as partes e seus limites, ou seja, o supervisor deve ser claro sobre o que espera do subordinado e este por sua vez deve ter liberdade de expressar suas expectativas quanto ao supervisor.
  3. estabelecer um acordo mútuo onde o supervisor e supervisionada saibam as regras claras desse relacionamento profissional tais como: responsabilidades da função exercida; critérios de avaliação de desempenho e as metas a serem alcançada pela equipe.
  4. ser o principal orientador dos novos membros da equipe, reservando um tempo inicial ao recém-chegado, o supervisor pode criar um canal de comunicação valioso com este novo funcionário.
  5. reconhecimento do bom trabalho executado.
  6. SEJA UM EXEMPLO POSITIVO!
Ser um exemplo positivo. É conhecer as regras de trabalho da empresa a qual trabalha; buscar conhecimento além da suas atribuições básica; delegar funções que são essencialmente do supervisor a membros capazes da equipe estimulando a cooperação mútua e responsabilidades; ser ético.
Ter consciência que toda e
qualquer atitude do supervisor
pode e vai ser copiada.
Numa das reuniões de segurança a bordo do NS-17, a técnica de segurança, Giovanna, apresentou o vídeo “Os filhos imitam os pais” como ferramenta de conscientização de todos a bordo sobre o poder do mau exemplo e teve uma excelente repercussão nas equipes de trabalho. Muitos funcionários vêem no supervisor um exemplo a ser seguido não importando se suas ações estão corretas ou não. Veja o vídeo.

10 fevereiro 2011

Glossário de Engenharia Submarina: Q até Z

233. Quick Connect-Disconnect Coupling (QCDC) - tipo de conector para engate rápido de um riser em uma UEP ou monobóia. Possui dispositivo de fechamento automático ao desacoplar, garantindo a segurança das sondas de produção no caso do abandono imprevisto de uma locação.

234. Queixo-duro - tipo de conector flangeado de um riser em uma UEP ou  monobóia.

235. Rampa de Lançamento/Recolhimento - rampa para deslizamento de linhas flexíveix e equipamentos em navios de lançamento durante operações de overboarding e inboarding.

236. Remote Controlled Vehicle - veículo semelhante ao ROV, porém menos potente e sem braços articulados. É utilizado somente em observações e vistorias submarinas.

237. Responder - receptor de ondas emitidas por um transmissor (transponder).

238. Restritor de curvatura - tradução de bend restrictor. Acessório composto de um conjunto de anéis justapostos, instalado em uma extremidade de linha flexível, imediatamente antes do conector, para limitar a flexão e evitar danos na linha durante o manuseio.

239. Retinida - cabo equipado com um peso, geralmente esférico, em uma das extremidades, utilizado em navegação para ser arremessado de um ponto a outro, permitindo transferência de cargas, rebocamentos.

240. Rigging de abandono - conjunto de eslingas, geralmente duas, fixado em uma linha ou equipamento sujeito a ser recolhido do fundo do mar em ocasião posterior.

241. Ring type joint - flange com anel de vedação.

242. Riser - linha flexível projeta para trabalhar com esforços submarinos dinâmicos. Normalmente após instalada fica com uma das extremidades suspensa, e outra conectada a uma linha de fluxo (flowline). Coluna de proteção e condução para a coluna de perfuração fazendo a ligação da plataforma de perfuração num navio sonda ou plataforma fixa e ou semi-submersível ao leito do oceano na cabeça do poço.

243. Riser de controle - tipo de riser com mais de dez funções, geralmente conectado a uma caixa de junção submersa.

244. Roll - movimento de um navio em torno do seu eixo longitudinal.

245. Rough bore - característica das linhas flexíveis cujo diâmetro interno é rugoso, constituído por uma carcaça metálica em espiral.

246. ROV - abreviatura para Remote Operated Vehicle.

247. ROV support vessel - navio equipado basicamento para operações com ROV.

248. Sapatilha - tipo de calha fixada internamente em uma 'mão' de um cabo de aço, para evitar o desgaste do cabo pelo atrito na região onde uma carga é içada.

249. Sea fastening - sistema de amarração, estaiamento, de cargas existente no convés de trabalho.

250. Semi-submersível - característica das instalações projetadas para operar flutuando na água, fixadas por ancoramento ou por posicionamento dinâmico.

251. Sequencial - denominação dada a um sistema com comandos de acionamento hidráulico remoto de equipamentos, geralmente válvulas.

252. Sessentão - riser hidráulico de 60 funções.

253. Skid roller - suporte sobre os quais são colocadas as bobinas de linhas flexíveis em um navio. Facilita as operações de troca de bobinas vazias por cheias em um porto.

254. Smoth bore - característica das linhas flexíveis cujo diâmetro interno é liso, constituído por um tubo de náilon.

255. Sonda de completação/produção - navio ou plataforma equipado com sistemas para intervir na superfície e no interior de poços submarinos.

256. Soquete - dispositivo fixado na extremidade de cabo de aço para permitir a fixação de manilhas, olhais, outros cabos de aço para o manuseio e içamento de cargas.

257. Steep S - configuração de linha flexível com tanqui de flutuação, capaz de absorver grandes oscilações (offset) de um sistema flutuante. Compõe-se de duas partes:
    1.linha flexível em catenária dupla entre o sistema entre o tanque de flutuação e
    2.linha flexível em catenária simples entre o tanquie de flutuação e o fundo do mar. O tanque de flutuação é fixado ao leito submarino através de amarras e poitas. (item necessitando de revisão técnica)

258. Suporte fixo - tipo de conector de um riser em uma UEP, normalmente às plataformas fixas. É normalmente usado em linhas singelas. Não possui o mecanismo de quick-release da conexão tipo QCDC.

259. Supply boat - barco de apoio de uma determinada UEP ou área operadora, usado geralmente para suprimento e transporte de materiais.

260. Survey - passeio de vistoria de equipamentos submarinos, executado por um ROV ou RCV.

261. SW1 - denominação da válvula de pistoneio (swabb valve) da coluna de produção de um ANM.

262. SW2 - denominação da válvula de pistoneior (swabb valve) da coluna do anular de uma ANM.

263. SWL - abreviatura de safety weight load. Designação usada na especificação de máquinas e equipamentos de manuseio de cargas.

264. Tanqui de flutuação - tradução de buoyancy tank. Vaso de flutuação submarino que é acoplado em uma linha flexível para aliviar esforços mecânicos, através do mecanismo do empuxo.

265. Taut wire - sistema de referência de posicionamento de navegação baseado no deslocamento angular de um cabo fixado no fundo do mar.

266. Touch down point (TDP) - primeiro ponto de uma linha flexível suspensa (riser) a tocar no leito marinho.

267. Tensionador - máquina de um navio que suporta as cargas de uma linha flexível durante seu lançamento no mar, ou que traciona a linha durante o seu recolhimento.

268. Teste de gas lift - medição de parâmetros de eficiência dos poços que produzem por gas lift.

269. Tether - cabo de sustentação mecânica e de controle dos comandos de um ROV.

270. Tie in - operação de conexão submarina entre dutos (rígidos e flexíveis), ou entre equipamentos submarinos e dutos.

271. Tie up - operação de interligação de um poço a uma sonda ou a uma UEP, através de risers.

272. Transdutor de pressão e temperatura - dispositivo que transmite para a superfície os sinais de pressão e temperatura captados por um PDG.

273. TR - carretel guincho de um navio de lançamento, que manipula diretamente uma linha flexível (lançamento e recolhimento) sem uso de tensionadores. É normalmente usado com UH ou UEH.

274. Track - trajetória, traçado, arranjo ou lay-out de uma linha flexível assentada no fundo do mar.

275. Track survey - trajetória investigativo de um ROV ou RCV no fundo do mar.

276. Tramo - sinonímia para trecho.

277. Transponder - transmissor de sinal para captação remota.

278. Trenó do flowline hub - skid de suporte provisório do flowline hub, usado para viabilizar a conexão vertical indireta.

279. Turret - sistema de ancoragem e recebimento de risers de uma UEP.

280. Umbilical eletro hidráulico - linha flexível submarina composta de tubulações para acionamentos hidráulicos, e de cabo para acionamentos elétricos.

281. Unidade estacionária de produção - plataforma fixa, plataforma semi-sbumersível, FPSO. Sistema que recebe a produção dos poços submarinos.

282. Umbilical hidráulico - linha flexível submarina composta de tubulações internas de pequeno diâmetro, usada para promover acionamentos hidráulicos remotos.

283. Umbilical laying system (spread) - similar ao HLS, adaptado para operar com UH ou UEH.

284. Umbilical de controle - umbilical usado geralmente em risers, com mais de dez funções, normalmente, conectado a uma caixa de junção submersa.

285. Umbilical não armado - umbilical sem armadura metálica de proteção.

286. Upper master - válvula mestra superior de uma árvore de natal molhada.

287. Válvula de segurança swing check - sinonímia para flapper valve

288. Vertical laying system - sistema vertical de lançamento de linhas flexíveis por um navio, caracterizado pelo uso de tracionadores dispostos verticalmente e uma mesa de trabalho móvel.

289. Wing-1 - válvula lateral da coluna de produção de uma árvore de natal molhada.

290. Wing-2 - válvula lateral da coluna do anular de uma árvore de natal molhada.

291. Wing - válvula lateral de uma árvore de natal.

292. Working deck - convés de trabalho

293. Working table - plataforma retrátil, posicionada abaixo das polias de lançamento de linhas flexíveis de um navio.

294. Yoke - pórtico de contraventamento de uma monobóia a uma UEP do tipo FPSO sem turret. Esse conjunto evoluiu para um FPSO com turret, que seria o yoke dentro do FPSO.

295. Zona de Tensão - comprimento mínimo de linha flexível, assentado no leito marinho, cujo atrito com o solo deve garantir a estabilidade da catenária de um riser.

296. Zona de variação das marés (ZVM) - área de qualquer sistema submarino que ora fica submersa, ora exposta ao tempo, de acordo com as oscilações das marés.